Projeto de Educação Histórica e Patrimônio Material

Fontes para o ensino de história: as igrejas e seus retábulos

Alexandre Borges

 

A utilização de fontes e recursos diversos para o ensino de história contribui não apenas para uma maior dinamização entre o professor e seus alunos, como também proporciona análises diferenciadas, dado seus peculiares flancos de visão – ou seja, o característico registro que estes abarcam, suas memórias e significados. Trabalhar com o patrimônio local, por exemplo, resulta no (re)conhecimento de sua própria história e, conforme a análise, na apropriação por parte daqueles que dele se aproximam. Entretanto, qual será a natureza deste patrimônio? A resposta trará consigo ferramentas e metodologias distintas para o êxito da observação e o desenvolvimento da pesquisa. Neste espaço daremos atenção às igrejas (suas edificações) - mais especificamente, elementos que as igrejas possuem em seu interior: os retábulos (altares).

As igrejas paroquiais geralmente estão ligadas à história de sua localidade como uma amálgama, por terem origem e desenvolvimento ao mesmo par que esta. Muitas igrejas, por sua significância histórico-cultural, são consideradas patrimônio de suas comunidades e trabalhar com elas significa trabalhar com uma gama de fontes, tanto para a pesquisa quanto para o ensino de história. Sua edificação, da mesma forma que suas constantes reformas através dos tempos, narram a trajetória da igreja e dos homens que viveram com ela – além da arquitetura gritar-nos informações úteis da época, como qual as características artísticas relevantes do período; quais as tecnologias empregadas nas edificações; etc. Outras fontes, muito trabalhadas por historiadores e pesquisadores de diversas áreas, são os documentos que as igrejas retém em seus arquivos, dos mais variados registros. A análise destes documentos pode ser direta ou primária, se estes forem o objeto de análise; ou secundária, quando os mesmos são utilizados para corroborar com o desenvolvimento da pesquisa, servindo como escora e via, para o êxito do trabalho.

Desenvolver uma pesquisa a partir dos retábulos significa diminuir o foco de análise para um elemento interno da edificação e, ao mesmo tempo, prestar atenção em maiores detalhes quanto a trajetória da igreja e de seus fiéis (como suas devoções, poder aquisitivo, etc.). Contudo, tal trabalho exige um olhar configurado para a percepção artística, já que os retábulos possuem diferentes cunhos dependendo do período de construção e das características de seus entalhadores (quando se trata de madeira entalhada), além das peculiaridades de seus próprios elementos, ornamentos e colunas.

O exemplo que trazemos a vocês é o trabalho/estágio desenvolvido em Portugal, por meio de mobilidade acadêmica, na Universidade do Algarve (UAlg) e na minha inserção na cadeira A Talha em Portugal, ministrada pelo Prof. Dr. Francisco Lameira. Esta pesquisa buscou analisar e catalogar exemplares de diferentes períodos do barroco em Faro (na região do Algarve), a partir dos retábulos das igrejas desta localidade. O trabalho culminou na catalogação dos retábulos da Igreja Paroquial de Ameixoeira, de acordo com as classificações de Lameira, em Lisboa – e, conforme o desenvolvimento da pesquisa, um breve levantamento história desta paróquia.

Desta forma, o intuito deste espaço justifica-se na produção de material didático e método de trabalho, ao disponibilizar um diminuto acervo fotográfico, com um exemplar de cada retábulo – de diferentes períodos do barroco da região do Algarve – juntamente com suas análises a partir das fichas de catalogação que os acompanham, além da apresentação do trabalho completo na Igreja de Ameixoeira, em Lisboa, como exemplo de atividade.

 

 

 


Exemplares do Barroco em Faro

 

FICHA DE RETÁBULO Nº 01

 

Identificação: Retábulo da Igreja de São Francisco, em Faro.

Localização: Preenche a totalidade da parede testeira da capela mor.

Encomenda: Encomendado pelos responsáveis da Igreja de São Francisco.

Cronologia/periodização: Proto-Barroco (1620-1668)

Produção (risco, entalhe, etc.): Escultor proveniente da localidade, de Faro.

Usos e funções: Eucarístico (em sua origem)

Tipologia/especificidades/modelo compositivo: xxxxxxxxxx (espec.: primeiro ret. Com camarim incluído, no Algarve)

Materiais: Madeira entalhada.

Descrição Geral e Específica: Planta plana. Embasamento com duplo registro, sendo que no banco encontra-se quatro pedestais. Corpo com quatro colunas coríntias, diferenciadas no terço inferior e totalmente revestidas por ornáculos naturalistas. Ao centro surge um camarim com um trono piramidal em graus (outrora destinado a exposição do Santíssimo Sacramento. Nos tramos laterais há nichos emoldurados, e neles encontram-se imagens de vulto perfeito. O entabulamento restringe-se aos tramos laterais. O ático é delimitado por uma arquivolta plena e apresenta uma composição tripartida. Ao centro ainda surgem dois consoles e um entabulamento contínuo, arrematado por um frontão triangular interrompido. Destaca-se ao centro uma cartela com representação, em relevo, de Deus Pai. Nas ilhargas há volutas arrematadas por urnas.

 

Conservação: Policronia desajustada. Encontra-se em estado razoável, mas desprovido da mesa do altar.

 

 

 

 

FICHA DE RETÁBULO Nº 02

 

Identificação: Retábulo da Capela Mor da Igreja dos Capuchos.

Localização: Preenche a totalidade da parede testeira da Capela Mor.

Encomenda: Responsáveis da Ordem Terceira do Carmo.

Cronologia/periodização: Barroco Pleno (1668-1714).

Produção (risco, entalhe, etc.): Desconhecido. Provavelmente, entalhador farense.

Usos e funções: Eucarístico (no momento encontra-se uma tela, a qual encerra o camarim).

Tipologia/especificidades/modelo compositivo: Um Corpo e três tramos; os tramos inscreve-se entre duas colunas, uma de cada lado.

Materiais: Madeira entalhada e azulejos (no embasamento).

Descrição Geral e Específica: Planta plana. Embasamento com duplo registro, sendo o primeiro feito com azulejos. As colunas são torças, totalmente revestidas com cachos de uva, parras e fênix (representando Cristo e seu renascimento). Logo, possui uma ornamentação naturalista – neste caso em maior relevo, com mísguas. No suposto camarim havia um trono piramidal em graus, destinado a exposição do Santíssimo Sacramento. Nos tramos laterais temos imagens de vulto perfeito assentadas em mísguas (de Sto. Antônio e São Franscico, ao evangelhor e epístola, respectivamente). O entabulamento restringe-se aos tramos laterias. O Ático é formado por dois arcos Salomônicos (torços) plenos (meia-volta) e concêntricos (mesmo centro), cortados transversalmente por quatro aduelas e uma cartela central com as insígnias franciscanas.

 

Conservação: Encontra-se em razoável estado de conservação; falta a mesa do altar; surge, como acréscimo posterior, uma tela que tapa a boca do camarim (uma pintura sobre madeira, representando a Nossa Senhora da Piedade, com moldura de perfil recortado.

 


FICHA DE RETÁBULO Nº 03

 

Identificação: Retábulo principal da Igreja da Misericórdia, de Faro.

Localização: Preenche a totalidade da parede testeira da capela mor.

Encomenda: Provedor/ Responsáveis da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia, de Faro.

Cronologia/periodização: Barroco – com elementos que denunciam os Prenúncios.

Produção (risco, entalhe, etc.): Desconhecido (hipótese: o risco proveniente de Lisboa e o artesão proveniente de Faro).

Usos e funções: Narrativo (atualmente), servindo em outros tempos como Eucarístico.

Tipologia/especificidades: Um corpo e três tramos. Sendo que o tramo central é cercado por duas colunas de cada lado; os tramos laterais apresentam uma coluna nas extremidades.

Materiais: Madeira dourada, entalhada (com pintura policrônica).

Descrição Geral e Específica: Planta plana; embasamento com duplo registro e Arco tripartido. O embasamento conta com quatro pedestais no banco. O corpo contém seis colunas coríntias, com brutescos no terço inferior e com canduras no restante do fuste. Ao centro há um camarim, onde se encontra um trono piramidal em graus (atualmente é escondido por uma tela, a qual representa a visitação de Nossa Senhora). Nos tramos laterais há três telas (em cada lado) sobrepostas, totalizando as Sete Obrigações da Misericórdia. Sobre o entabulamento contínuo se desenvolve o ático e, ao centro, entre duas pilastras Stípides surge uma tela com a representação de umas das Sete Obrigações da N. Sra. Da Misericórdia. No arremate, um entabulamento contínuo e um frontão triangular interrompido. Nas ilhargas surgem dois nichos emoldurados por duas pilastras e uma arquivolta plena, arrematados pelo frontão retangular interrompido. No arremate das colunas externas nota-se acritérios arrematados por urnas. O Arco Triunfal é preenchido por conchiados no entredorso e frontispício (remontando o rococó)

Conservação: Apesar da policronia (desajustada e anacrônica) encontra-se em bom estado.


 

FICHA DE RETÁBULO Nº 04

 

Identificação: Retábulo da Capela Mor da Igreja da Nossa Senhora do Carmo (Tavira).

Localização: Preenche a totalidade da parede testeira da Capela Mor.

Encomenda: Responsáveis da Ordem Terceira do Carmo.

Cronologia/periodização: Rococó

Produção (risco, entalhe, etc.): Projeto de Domingos de Almeida.

Usos e funções: Eucarístico.

Tipologia/especificidades/modelo compositivo: Um Corpo e três tramos; os tramos inscreve-se entre duas colunas, uma de cada lado.

Materiais: Madeira entalhada.

Descrição Geral e Específica: Planta côncava. Embasamento com duplo registro. As colunas coríntias são lisas, com grinaldas em toda sua extensão, da base ao capitel, diferenciadas no terço inferior. Ao centro surge um camarim com um trono piramidal em graus, destinado a exposição do Santíssimo Sacramento. Ainda no centro há uma maquineta com a imagem de Nossa Senhora do Carmo, logo acima da mesa do altar. Nos tramos laterais temos imagens de vulto perfeito assentadas em mísguas e emoldurados (de São José e São João Evangelista, ao evangelho e epístola, respectivamente); logo acima há ornamentos. O entabulamento restringe-se aos tramos laterias. O Ático é formado por duas arquivoltas plenas; no centro, entre duas pequenas pilastras, surge uma cartela com a representação do Monte Carmelo, com a Cruz e três estrelas. Pode-se dizer que a capela mor enquadra-se nos moldes de Arte Total.

 

Conservação: Encontra-se num bom estado de conservação; a mesa do altar; surge, como acréscimo posterior.

 

 


FICHA DE RETÁBULO Nº 05

 

Identificação: Retábulo da Capela Mor da Igreja da Ordem Terceira do Carmo.

Localização: Preenche a totalidade da parede testeira da capela mor.

Encomenda: Responsáveis da Ordem Terceira do Carmo.

Cronologia/periodização: Barroco Final.

Produção (risco, entalhe, etc.): Nota-se três riscos feitos por Manuel Martins.

Usos e funções: Eucarístico.

Tipologia/especificidades/modelo compositivo: Dois Corpos e três tramos; os tramos inscreve-se entre duas colunas, uma de cada lado.

Materiais: Madeira entalhada.

Descrição Geral e Específica: Embasamento com duplo registro; quer no sub-banco quer no banco temos mísguas suportadas por meninos hercúlios; encima da mesa do altar surge um sacrário (micro arquitectura). O primeiro corpo apresenta um par de colunas torças, diferenciadas no terço inferior; possuem grinalda na garganta. No outro par de colunas temos imoscapo no terço inferior. As colunas do segundo corpo apresentam enroscos no terço inferior (variantes). Ao centro surge um camarim monumental preenchido por um trono piramidal em graus, outrora destinado a exposição do Santíssimo Sacramento. Nos tramos laterais surgem nichos envolvidos por colunas, com imagens de vulto perfeito, assentados em mísguas.

O ático inscreve-se sobre um entabulamento, do segundo corpo, sendo limitado por uma arquivolta plena; ao centro surge uma cartela de grandes dimensões, ladeadas por anjos, onde temos a inscrição em relevo da Nossa Senhora do Carmo, ao entregar o escapulário a São Simão.

Conservação: Encontra-se em bom estado.

 

 

 

 


A Igreja Paroquial de Ameixoeira em Lisboa e seu retábulos

 

Alexandre Borges

 

Considerações Iniciais

O trabalho em questão foi proposto na cadeira A Talha em Portugal, ministrada pelo professor Francisco Lameira, o qual sugeriu a catalogação dos retábulos da Igreja Paroquial de Ameixoeira, em Lisboa. Com a visitação foi possível fotografar os quatro retábulos existentes na igreja, bem como a recolha de material bibliográfico para a análise. No entanto, a mais significante quantia de informações está disponível no site www.monumentos.pt, responsável pela catalogação e inventários dos bens patrimoniais portugueses.

 

A Igreja

A Igreja Paroquial de Ameixoeira tem suas origens na formação da própria freguesia, o que remonta os anos a passagem do século XV para o XVI, segundo Eduardo Morato. No entanto, a sua edificação ocorreu em 1664, onde nela já era evocada a N. Sra. Da Encarnação, e não mais N. Sra. do Funchal (como em suas origens). A Igreja passa por um terremoto de 1755 e perde sua caracterização original, bem como alguma de suas obras (como o retábulo encomendado por Cristóvão de Fóios: Invocação a São Cristóvão, o qual desapareceu após o sismo). Apenas a capela-mor, a qual pode ser considerada como arte total, de puro barroco dos séc. XVII-XVIII, prevaleceu ao acontecido. Esta, bem como seu retábulo, fora encomendada pelos irmãos da Confraria do Santíssimo Sacramento, e contou com o auxílio de D. Pedro II para o êxito da obra.

Após o terremoto iniciariam as reformas na Igreja. E a partir destas é que foram construídos os retábulos colaterais (idênticos), da mesma forma que os retábulos das duas capelas laterais (uma de cada lado da nave). No entanto, a bibliografia disponível não nos informa o nome do arquitecto responsável por tais obras – o que seria importante já que, provavelmente, fora o mesmo quem teria desenhado estes retábulos, exemplares do Tardo Barroco. Outra mudança de estilo se deu no interior da capela-mor, a qual era revestida por azulejos seiscentistas e passou a ser revestida de talha e telas, em toda a zona do presbitério. Portanto, podemos afirmar que a Igreja Paroquial de Ameixoeira, passando pelo que passou, perde seu caráter original com forte teor do pleno barroco, em toda sua extensão, dando espaço para o último segmento do barroco.

 

 

Esboço da Planta Baixa da Igreja Paroquial de Ameixoeira

 

 

Retábulo nº 1

Identificação: Retábulo da Capela Mor da Igreja Paroquial de Ameixoeira.

Localização: Preenche a totalidade da parede testeira da Capela Mor.

Encomenda: Construção solicitada pelos irmãos da Confraria do Santíssimo Sacramento (com auxílio de D. Pedro II)

Cronologia/periodização: Barroco Pleno (finais do séc. XVII), mais precisamente entre 1693 e 1694.

Produção (risco, entalhe, etc.): Mestre entalhador de Lisboa, Manuel Álvares (com troca de mestres em 1697 e em 1702, para o acabamento da cobertura), com a característica de preenchimento de todos os espaços.

Usos e funções: Eucarístico.

Tipologia/especificidades/modelo compositivo: Um Corpo e três tramos; os tramos inscrevem-se entre duas colunas, uma de cada lado.

Materiais: Talha (madeira entalhada, dourada) e mármore (contornando as portas do embasamento).

Descrição Geral e Específica: Planta plana; embasamento composto por duas portas com molduras, uma de cada lado. As colunas coríntias são torsas, com seis espiras, revestidas com cachos de uvas e parras em todo o fuste. Logo, possui uma ornamentação naturalista – neste caso em maior relevo. No tramo central surge um camarim preenchido por um trono piramidal em graus, destinado a exposição do Santíssimo Sacramento (atualmente expõe-se nele a imagem do Cristo Crucificado). Nos tramos laterais temos imagens de vulto perfeito assentadas em pedestais (de São. José e Santo Antônio, ao evangelho e epístola, respectivamente). O entabulamento restringe-se aos tramos laterais. O Ático é composto por dois arcos Salomônicos (torços) plenos (meia-volta) e concêntricos, sendo que o arco externo é cortado transversalmente por quatro aduelas e pelo Escudo Real.

 

Conservação: Encontra-se bom estado de conservação; falta a mesa do altar;

 

 

 

Retábulo nº1

 

    

Coluna e ornamento do Retábulo nº 1


 

 

Retábulo nº 2

Identificação: Retábulo lateral

Localização: Preenche o canto colateral do evangelho (ao lado oposto há um retábulo idêntico com a imagem do Sagrado Coração de Jesus.

Encomenda: Responsáveis pela Confraria de Nossa Senhora do Funchal e Encarnação.

Cronologia/periodização: Tardo Barroco (segunda metade do séc. XVIII, mais precisamente em meados de 1760 – quando há a reforma da Igreja devido ao terremoto)

Produção (risco, entalhe, etc.): Desconhecido. No entanto, provavelmente, desenhado pelo arquitecto responsável pela restauração.

Usos e funções: Devocional a um único tema.

Tipologia/especificidades/modelo compositivo: Um Corpo e um tramo o qual inscreve-se entre duas colunas, uma de cada lado.

Materiais: Madeira com pintura fingindo pedraria.

Descrição Geral e Específica: Planta côncava; embasamento composto por duplo registro, sendo o registro inferior supostamente aproveitado. As colunas jônicas são lisas em todo o fuste. No único tramo central surge um nicho com a imagem de roca da Nossa Senhora da Encarnação. O entabulamento restringe-se às colunas. O Ático é composto ao centro por um frontão mestilínio onde inscreve-se uma cartela e nas ilhargas dois seguimentos de frontões curvos.

 

Conservação: Encontra-se em bom estado de conservação.


 

 

Retábulo nº 2


              

Coluna e ornamentos do Retábulo nº 2

 

 

Retábulo nº 3

Identificação: Retábulo da parede lateral esquerda, ao lado do Evangelho.

Localização: Está localizado na capela de Nossa Senhora da Piedade, do lado do Evangelho (ao lado oposto temos um retábulo idêntico, na capela do Crucificado, com uma tela representando as “Trevas do Calvário”)

Encomenda: Responsáveis pela Confraria de Nossa Senhora do Funchal e Encarnação.

Cronologia/periodização: Tardo Barroco (segunda metade do séc. XVIII mais precisamente em meados de 1760 – quando há a reforma da Igreja devido ao terremoto)

Produção (risco, entalhe, etc.): Desconhecido. No entanto, provavelmente, desenhado pelo arquitecto responsável pela restauração.

Usos e funções: Narrativo.

MATERIAS

Tipologia/especificidades/modelo compositivo: Um Corpo e um tramo o qual inscreve-se entre duas colunas, uma de cada lado.

Materiais: Madeira com pintura fingindo pedraria.

Descrição Geral e Específica: Planta plana; embasamento composto por duplo registro, sendo o registro inferior supostamente aproveitado. As colunas jônicas são lisas em todo o fuste. No único tramo central surge uma tela de Cristo Deposto da Cruz, do artista Pedro Alexandrino. O entabulamento restringe-se às colunas. O Ático é composto por um frontão triangular e ao centro surge a imagem de um querubim.

 

Conservação: Encontra-se em crítico estado de conservação.



 

Retábulo nº 3

 


Coluna e ornamento do Retábulo nº 3

 

Bibliografia

SERRÃO, Vitor. Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa. Vol. V. Quarto Tomo. Lisboa, 2000.

MORATO, Eduardo. Ameixoeira, Arrebalde de Lisboa: Notas para a sua História. 2ª Ed. Lisboa, 2010.

http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6473